domingo, 28 de agosto de 2011

Treino 28/08/11

Tenho muito orgulho destes dois! Terão um grande futuro dentro da arte!

Em nosso Dojo, não buscamos a perfeição, mas sim a Amizade, e a Harmonia perante a todos! Técnica por Técnica é o de menos! Mas a VONTADE e DETERMINAÇÃO ACIMA DE TUDO É O QUE NOS VALE!



quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Koshukai 2011- Sensei Dutra 6º Dan Aikikai

Olá alunos e amigos... agradecemos o convite, e já esperamos próximas oportunidades! Abraços!

Koshukai 2011- Sensei Dutra 6º Dan Aikikai






































domingo, 7 de agosto de 2011

Preleção Julho

Preleção Mensal  
Katanas "A alma e o espírito do Samurai" 



Nome: Henrique de Lima               Graduação: Faixa Branca- 6º Kyu                  Mestre: Senpai Rogério Macedo 




Índice 


  • Introdução
  • Historia da Katana- A espada perfeita
  • Katana ao decorrer das eras
  • Artes Marciais
  • Conclusão
  • Bibliografia




Introdução 

Apresentarei a você, leitor, o mundo fascinante da Katana. Como surgiu?  Quem as criou? Quais os tipos de arte de a usam?   
Escolhi este assunto para fazer minha preleção devido a um poema do Ô Sensei ( Fundador do Akido,Morihei Ueshiba ), no mesmo ele diz: 
"... Jo-Dan deve ser livre de ego e assim pensando o guerreiro pode cortar através dos golpes que lhe são aplicados. 
O progresso virá com a prática constante.  
Não procure pôr ensinamentos secretos que não levaram a nada. Confie nas experiências próprias. 
Não se preocupe em bloquear ou cortar, com o espírito do irimi. Avance, instantâneamente. 
Se o inimigo avançar cortando rapidamente, evite-o com um passo ao lado e corte instantâneamente. 
Se sua intenção é enfraquecer o inimigo primeiramente entre no lado e corte seu espaço... " 

O Aikido é conhecido como a " Arte Samurai". Portando, Katana é um ótimo tema para se fazer uma preleção. 





Historia da Katana- A espada perfeita  


   Tão grande era sua importância que foi declarada privilégio exclusivo da classe guerreira em 1588. “A espada é a alma do samurai”, disse Tokugawa Ieyasu.   
Estamos no século 13, um furacão se aproxima das ilhas japonesas e afunda uma esquadra de 340 navios com 120.000 mongóis que se preparavam para invadir o Japão. Esse furacão seria mais tarde chamado de KAMIKAZE cuja tradução é o “Vento Divino”. 
  Neste século iria nascer um jovem que seria discípulo do grande mestre armeiro, Shintogo Kunimitsu. Seu nome era Massamune.Para contar um pouco da história e manufatura da Katana vou falar sobre Massamune. 
  Masamune desenvolveu uma técnica de fabricação de estruturas duras e flexíveis de aço para ser usada em espadas. Surgia a poderosa Katana, a espada Samurai, considerada até hoje uma das mais perfeitas espadas do mundo. O Samurai utilizava diversas armas, mas a Katana era a arma que era sinônimo de samurai. OBushido ensinava que a Katana era a alma do Samurai. Eles acreditavam que a Katana era tão valiosa que muitas vezes lhe davam um nome e a consideravam como parte de suas vidas. 
  Acredita-se que sua origem tenha sido a espada reta chinesa. Construída de forma artesanal, a Katana sofreu diversas alterações ao longo da história do Japão, por isso seu nome varia de acordo com o período ao qual pertence: Jokoto, Koto (espada antiga), Shinto (espada nova) e Gendaito (espada moderna). Esta última é na verdade uma imitação da espada tradicional, usada hoje para cerimoniais, pois, apesar de ter a aparência de uma espada tradicional, não é fabricada artesanalmente. A Katana hoje é um símbolo da cultura japonesa, um verdadeiro tesouro vivo, o que explica as leis que a protegem naquele país. 
 Não é mais uma arma, mas um valioso objeto de arte que atrai pessoas do mundo inteiro e continuará a exercer o seu fascínio por muito tempo. 
  A Katana é feita de duas ligas de aço, uma flexível no interior e outra rígida no exterior, num processo artesanal bastante complexo. A primeira liga é utilizada para que a lâmina não estilhace, vergando-se, e a segunda para conferir a força necessária para que a lâmina corte e defenda os golpes de outras armas. O aço japonês utilizado em sua fabricação é uma liga diferente do aço ocidental, muito difícil de fabricar. A fundição é feita em recipientes de argila e não em um forno convencional. 
  Os artesãos do passado consideravam a arte de fazer espadas uma disciplina espiritual, purificando sua mente, seu corpo e seu espírito, bem como seu local de trabalho (em um ritual que podia durar semanas) antes de iniciar uma nova espada, porque consideravam seu trabalho um ato religioso que dava vida à lâmina, tornando-a portadora da energia de seu criador. Por isso o mestre-espadeiro não fazia sexo, não bebia, não comia carne e afastava-se das pessoas comuns durante todo o processo para não contaminar a espada, do contrário tudo teria de ser feito novamente. 
  A Katana tornou-se conhecida e respeitada porque era a arma tradicional dos samurais. Corta apenas de um lado e a lâmina é ligeiramente curva, resultado do seu processo de fabricação. Era usada tradicionalmente junto com a Wakizashi (menor que a Katana), sendo a Katana utilizada em campo aberto enquanto a Wakizashi era utilizada para lutar em pequenos espaços. O conjunto das duas armas chama-se Daisho, literalmente "grande e pequeno", e somente um samurai poderia usá-las, representando sua honra e prestígio. 
  Com a mudança de alguns conceitos, principalmente relacionados com a finalidade prática da espada, instrutores de esgrima começaram a ressaltar a importância da busca espiritual como uma forma de aprimoramento pessoal. Assim a Katana teria a função de dar a vida e não de tirá-la. 
  Katanas eram totalmente pessoais. O Armeiro tirava todas as medidas do samurai, antes de confeccionar as espadas. As medidas de altura comprimento dos braços e quadris eram fundamentais. De forma básica a Katana, sendo segurada pela sua guarda, paralela ao corpo, devia ficar com uma distância de 5cm do chão. A Katana yinha um comprimento de 60 à 75 cm, a Wakisashi de 35 cm à 59 cm. 
  O Samurai que imortalizou a wakisashi criando o estilo Ito Nicho ryu “Duas espadas um estilo “, foi Musashi. Este Samurai, antes dos 30 anos de idade, já tinha participado de 58 duelos. Musashi era poeta, calígrafo, sabia trabalhar metais e aprendeu o básico de carpintaria, pois produzia os seus bokens e Suburitos. 
  Musashi defendia que um Samurai devia ter ambidestrismo total ou seja deveria usar de maneira independente as espadas em cada mão. 
  Um samurai era facilmente reconhecido pelas ruas por portar duas espadas presas ao obi, uma longa, a Katana, usada nas lutas em locais amplos, e uma menor, a Wakizachi, para espaços fechados. O Daishô, nome dado ao conjunto, representava o estatuto máximo dos samurais, simbolizando o orgulho e emblema do guerreiro. Havia uma terceira arma, o Tanto, uma faca fina que ficava escondida e era usada só em emergências. 





Katana ao decorrer das eras 


  A história da Katana está ligada à história do Japão e ao desenvolvimento das técnicas de luta. Sua denominação muda conforme o período ao qual as peças pertencem. 
Jokoto ano 795 
Koto (espadas antigas) 795-1596 
Shinto (espadas novas) 1596-1624 
Gendaito (espadas contemporâneas) 1876-1953 
Jokoto 
  Durante o período Jokoto (800 d.C.), as espadas usadas eram retas, com fio simples (a Chokuto) ou duplo (Ken) e pobremente temperadas. Não havia um desenho padrão e eram atadas à cintura por meio de cordas. Evidências históricas sugerem que elas eram feitas por artesãos chineses e coreanos que trabalhavam no Japão. 
Koto 
  A partir do período Heian (794-1185), surge o termo Nipponto ou Nihonto, que significava “espada japonesa” (nippon=japão, to=espada). A mudança no estilo de luta criou a necessidade de alteração no seu formato. Não se guerreava mais a pé, mas sim a cavalo. As espadas tornaram-se longas, curvadas, com uma base mais larga e forte e uma ponta bem fina. As espadas desta época são chamadas de Tachi e representam a categoria das antigas espadas ou Koto. 
  Neste período, as inscrições nas espadas derivavam, de motivos budistas, representando a forte ligação do cuteleiro com a religião e com seu trabalho. Foi criado o método de forjar com a superfície extremamente dura e o núcleo macio. 
  O período Kamakura (1185-1333), com o Japão sob domínio da classe guerreira, foi considerado a época de ouro da espada japonesa. Muitas espadas consideradas tesouro nacional foram produzidas neste período. 
  A Katana (a clássica arma dos samurais) surgiu no período Muromachi. Com os feudos em guerra, enquanto os exércitos cresciam, os soldados a cavalo se tornavam mais raros e a força principal vinha daqueles que combatiam a pé. Variando entre 60 a 90 cm no comprimento e com lâmina de largura uniforme, eram mais fáceis de carregar e mais rápidas para sacar. 
Shinto 
  Era Edo. Iniciou-se o governo de Tokugawa e, apesar das armas de fogo já fazerem parte do armamento dos exércitos, as espadas ainda eram produzidas e de forma ainda mais refinada, com a matéria-prima mais acessível e a troca de experiência entre os cuteleiros que passaram a viajar com os exércitos. 
As espadas deste período são conhecidas como espadas novas. 
Esta fase foi curta, pois com a unificação interna do Japão, foi instituída uma lei proibindo o porte de espadas pelos samurais. Soma-se a isto a inflação e a queda na qualidade do aço produzido, piorando a qualidade das espadas. 
Gendaito 
  Espadas feitas a partir da era Meiji são chamadas de espadas modernas ou Gendaito. Estas foram feitas na maior parte para os oficiais militares japoneses, para rituais e ocasiões públicas. Apesar de possuírem as mesmas formas de uma espada tradicional, não tinham as características principais do artesanato (feito a mão) e do aço não industrial. 




Artes Marciais 


Iaidō 
  A prática do iaidō se reveste de grande profundidade pois o iai tem como objetivo o autodomínio do praticante e a derrota do adversário sem a necessidade de desembainhar a katana. Em outras palavras, a conquista psicológica do adversário sem que haja necessidade do uso da espada. 
  A prática é feita visualizando-se os inimigos de acordo com os princípios de cada kata, não tendo necessariamente um oponente físico. Para fins didáticos, podem-se executar os movimentos com oponentes reais. 
  Um iniciante na arte utiliza uma espada de madeira (bokutō) ou uma iaitō (espada com lâmina de liga metálica). Os praticantes mais avançados utilizam shinken, espadas de aço com fio. 
  Além dos katas, alguns estilos praticam também técnicas executadas com espadas desembainhadas (geralmente chamadas de kumitachi 組太刀). Outros estilos praticam também o tameshigiri 試し斬り ou o suemonogiri 据え物切り, que é o corte de rolos de palha de larguras equivalentes a partes do corpo humano. 


Kendō 
  A prática do kendo não se limita ao manejo da shinai (espada de bambu), Bokuto (espada de madeira) ou katana (espada longa japonesa), mas abrange também a prática e cultivo do espírito e do Reigi (etiqueta). 
Nesse sentido, o item 3 do artigo 6, do capítulo "Supplemental Provisions of FIK Constitution" discorre que "No caso em que o ensino do kendo é utilizado de má fé para qualquer propósito comercial", há razões para pedido de expulsão de um membro. 
O ken (espada) é estudado de duas formas: prática (shiai) e o kata. 

Kenjutsu 
  O treinamento de kenjutsu varia de acordo com o estilo em questão. Na maior parte dos estilos o treinamento se baseia em katas (formas pré-arranjadas). Em alguns estilos, a prática dos katas é complementada por treino de luta utilizando equipamentos de proteção. 
  No treinamento de katas, normalmente, é utilizada uma espada de madeira semelhante a uma katana, chamada bokken ou bokuto. Cada estilo de kenjutsu costuma impor medidas específicas de comprimento, largura e curvatura para o seu bokuto. 
  Já no treinamento de luta, os dojos que o fazem utilizam alguma forma de proteção para evitar lesões graves. A maior parte utiliza o mesmo equipamento de proteção do kendo, composto por bogu (armadura) e shinai (espada de bambu). Outro equipamento que também pode ser utilizado para lutar é o fukuro-jinai, uma espada semelhante à shinai do kendo, mas com o mesmo comprimento que uma katana e construído a partir de várias tiras de bambu cobertas por um revestimento de couro. 
  Alguns estilos praticam também corte (tameshigiri e suemonogiri) com shinken(espada de metal com corte). 
  Cabe lembrar que cada estilo tem características próprias de treino. O praticante já começa o combate com a espada desembainhada. Em alguns estilos, como por exemplo o Niten Ichi ryu, existem técnicas específicas para a utilização de duas espadas, uma em cada mão. 
  O kenjutsu é uma disciplina física, mental e espiritual; para a sua prática é necessário o equilíbrio entre corpo e mente, mais do que força física e vigor. Os ensinamentos mais profundos do kenjutsu possuem um teor filosófico bastante forte. 
  Várias artes marciais dela descendem ou sofreram influência, tais como: o kendô, sua versão moderna, que possui uma maior enfase no Dô (formação do caráter humano); o iaidô, arte do desembainhar da espada, e o aikido, que incorpora princípios de treinamento com a espada, embora não a tenha como foco principal. 

Iaijutsu 
  Além dos katas, que normalmente são praticados com espadas sem fio, chamadas de Iaito, alguns estilos praticam também também técnicas executadas com espadas desembainhadas (geralmente chamadas de kumitachi 組太刀). Outros estilos praticam também o tameshigiri 試し斬り ou o suemonogiri 据え物切り, que é o corte de rolos de palha de larguras equivalentes a partes do corpo humano. 
  Além do estudo das técnicas, existe também o aspécto filosófico que envolve cada um dos diversos estilos de iaijutsu, influenciando inclusive na forma como as técnicas são executadas. Um praticante de um estilo tradicional de iaijutsu deve conhecer tais influências. 





Conclusão 


  Com toda esta historia podemos cncluir que, a Katana desde o seu "nascimento" até hoje é mais que uma simles espada, mais que uma simples arma feita para matar, pelo contrario uma ela é uma espada feita para construir vidas, nomes, repeito e honra. Se não fosse ela não haveriam muitas coisas, ou haveriam muitas coisas, sim, só que de outro jeito. 
  A katana os empurou para um absimo de reflexões e artes marcias, por isso temos um grande respeito pela espada, pois já guio muitos homens, e nos guiará, mesmo distante da era feldal japonesa, até o fim. 





Bibliografia